Informação falsa sem qualquer documento oficial sob o disfarce de “notícias” volta a emporcalhar o cenário jornalístico da Região dos Lagos. Desta vez, um perfil no Instagram, publicou um vídeo com informações imprecisas sobre o pagamento de médicos em Búzios. A publicação, cujo título alarmista afirmava que “médicos estão trabalhando sem receber em Búzios”, foi desmentida e pega de surpresa pela Secretaria Municipal de Saúde, que apresentou dados e informações oficiais: os salários dos médicos do Programa Mais Médicos estão rigorosamente em dia, sendo pagos integralmente pelo Governo Federal.
Além disso, apesar do pagamento estar em dia, a responsabilidade do pagamento é do Governo Federal, e não do Município, conforme a publicação tentou distorcer, portanto, o único ponto pendente refere-se ao auxílio-moradia de dezembro, que depende de autorização legislativa, a qual deverá ser pautada na próxima sessão pelo Presidente da Câmara de Armação dos Búzios, Victor Santos.
Esse tipo de “notícia”, que mais parece fofoca de esquina, não apenas desinforma, mas também ataca injustamente gestões municipais, alimentando narrativas mentirosas que beneficiam interesses obscuros de terceiros, na tentativa de desestabilizar o funcionamento da saúde pública. Mais grave ainda é o fato de empresas apoiarem financeiramente esse tipo de conteúdo, contribuindo para a legitimação de práticas que vão contra os princípios básicos do que é o jornalismo.
A facilidade com que qualquer pessoa pode criar um perfil de “notícias” nas redes sociais, sem nenhum preparo técnico ou ético, é um problema social que merece atenção. A falta de regulamentação e da aprovação da PEC do Diploma de Jornalismo abriu as portas para oportunistas que usam o termo “jornalista” como fachada para realizar ataques direcionados, sem compromisso algum com o impacto que causam.
Esse cenário não apenas prejudica a credibilidade do jornalismo na região, mas também desrespeita o trabalho árduo de profissionais registrados, capacitados e comprometidos com a apuração dos fatos. Jornalismo não é “achismo”. É uma profissão que exige ética, responsabilidade e respeito pelo impacto que a informação tem na sociedade.
Aos que insistem em usar as redes para espalhar desinformação e desestabilizar, fica o aviso: desinformação pode ter consequências legais e, acima de tudo, morais, a Internet não é terra de ninguém.
Segue em anexo a resposta da Secretaria de Saúde:
