A saúde pública de Araruama tem sido alvo de constantes críticas, com moradores denunciando a crônica falta de medicamentos nas unidades de saúde. A situação, que já se arrasta por meses, atingiu um novo e preocupante patamar de descaso, expondo a vulnerabilidade da população, que fica desamparada quando mais precisa de assistência.
O caso mais recente de um menino de apenas 1 ano e 5 meses que foi diagnosticado com garganta inflamada na UPA Pediátrica e não conseguiu a medicação necessária, ilustra o drama vivido por muitas famílias. Segundo a avó da criança, Marta Fernandes, a unidade só tinha xarope e dipirona. O antibiótico essencial para o tratamento estava em falta, obrigando a família a arcar com os custos do remédio. Essa não é uma situação isolada. A neta de 7 anos de Marta também enfrentou a mesma situação, tendo que ser medicada com Benzetacil.
O problema de desabastecimento, reconhecido até por diretores das unidades de saúde, estaria ligado a uma licitação que foi adiada mais uma vez, deixando a população à mercê da ineficiência burocrática. Enquanto isso, a Prefeitura e a Secretaria de Saúde de Araruama permanecem em silêncio, ignorando as cobranças e o clamor da população por uma solução imediata.





