Quem vê os gestores da saúde de Arraial do Cabo desfilando de short da Reserva, relógio caro no pulso e a tradicional Heineken na mão gelada todo fim de semana, juraria que a cidade tá em primeiro lugar no ranking do IDH da ONU. Mas basta dar uma passada no Hospital Geral pra perceber que, se tem algo que fermenta por lá, não é desenvolvimento: é bolor na manteiga do café da manhã dos funcionários da saúde.

Sim, caro leitor. Enquanto o alto escalão da Prefeitura exala perfume importado, puxa facão pra manifestantes e alguns portariados serviçais arrotam ofensas em grupinho de WhatsApp, quem tá na linha de frente da saúde pública come pão com manteiga vencida e divide espaço com barata e mofo.
E o mais cômico (se não fosse trágico): a tal OS Prima Qualitá, que opera o hospital como se fosse botequim de beira de estrada, já teve R$ 330 MILHÕES empenhados nos últimos dois anos. Dá pra fazer hospital, maternidade, clínica veterinária, parque aquático, centro olímpico e ainda sobra pra investir em um estádio de futebol, você duvida? Mas o que temos? Café da manhã dos servidores mofados.
Nos bastidores da Região dos Lagos, todo mundo já sabe: essa Prima Qualitá é mais rodada que a linha do Tangará. Atua em outras cidades, sempre cercada de mistério, silêncio, e, claro, de um seleto grupo de “articuladores” que financia a campanha de políticos na Região dos Lagos.
Mas o mais engraçado mesmo é ver assessor de comunicação da Prefeitura tentando atacar pessoas em grupo de WhatsApp que nunca fizeram maldade pra ninguém em Arraial do Cabo, diferente dos ladrões que se locupletam dos cofres públicos da cidade e deixam o povo na miséria, e que a gente do Lagos Informa pode provar, caso seja necessário. Meu querido, não adianta posar de jornalista gourmet no Zap com frase de efeito, enquanto o povo tá passando vergonha e fome na rede de saúde e você não fala nada. Vai sobrar Heineken e portaria pra você, mas vai faltar argumento e credibilidade. No Lagos Informa, a gente não fala do cachorro, a gente fala do dono do cachorro.
