É necessário revisar os privilégios concedidos aos ambulantes e barraqueiros nas praias de Cabo Frio, especialmente após a trágica morte de um turista na Praia do Forte. A ocupação desenfreada desses espaços públicos, que deveriam ser destinados ao usufruto de todos, tem gerado problemas sérios aos moradores locais e aos turistas que visitam a cidade, loteamento de grande espaço na faixa de areia das praias, preços abusivos nos petiscos, bebidas e no aluguel das mesas, e até mesmo mortes, como vimos neste carnaval.
A presença massiva de barracas e ambulantes, muitas vezes operando sem o devido controle e pagando poucos impostos, é um abuso que prejudica a experiência dos banhistas e turistas. Além disso, a cobrança abusiva por serviços e produtos oferecidos pelos barraqueiros tem sido uma prática recorrente, dificultando o acesso à praia para aqueles que não desejam utilizar esses serviços.
É inacreditável que um vereador, em troca de apoio político e votos para a sua reeleição neste ano de 2024, monte uma organização criminosa para conceder licenças para a ocupação excessiva das praias, mesmo com recomendações contrárias de órgãos como o Ministério Público Federal. Cabo Frio enfrenta uma concorrência cada vez maior de outros destinos turísticos da Região dos Lagos e de outros estados, que oferecem melhor infraestrutura, limpeza e organização.
É urgente que as autoridades da cidade reavaliem suas políticas em relação aos ambulantes e barraqueiros, garantindo que o uso dos espaços públicos seja equilibrado e respeite o acesso de todos os moradores e turistas que escolhem Cabo Frio para viver, ou como destino turístico.
