A casa do vereador de Araruama, Aridinho Martins (PL), foi alvo de uma operação realizada na manhã desta sexta-feira (20) pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Civil. Durante a ação, uma arma de fogo foi encontrada no local, e o parlamentar foi conduzido à 118ª Delegacia de Polícia (DP) para prestar esclarecimentos.
A defesa de Aridinho informou que a arma pertence ao filho do vereador e que a documentação que comprova o registro será apresentada às autoridades.
A operação ocorre em um momento de tensão política no município, após Aridinho ter denunciado publicamente o secretário de Obras e Meio Ambiente, Cláudio Barreto, por suposta compra de votos em favor de sua esposa, a vereadora e candidata à reeleição Roberta Barreto (União Brasil). Segundo o parlamentar, o secretário estaria utilizando recursos financeiros para influenciar eleitores, o que poderia configurar uma tentativa de manipulação eleitoral.
Em uma sessão recente na Câmara Municipal, Aridinho questionou a origem dos recursos usados na campanha da vereadora Roberta Barreto, afirmando que o gasto de R$ 1 milhão na corrida eleitoral seria incompatível com os rendimentos de um vereador, que totalizam cerca de R$ 480 mil em um mandato de quatro anos. Durante o discurso, ele afirmou: “Se me prejudicar, eu vou pra cima. Três secretarias e metendo a mão.”
A acusação de Aridinho não foi a única lançada contra Cláudio Barreto nesta semana. Na quinta-feira (19), a vereadora e candidata à prefeitura Penha Bernardes (PL) também acusou o secretário de enriquecimento ilícito e de ser um suposto “laranja” de Chiquinho, ex-prefeito e marido da atual prefeita, Lívia Bello.
Em suas redes sociais, Aridinho se defendeu das acusações envolvendo a operação policial, classificando a ação como parte de uma “perseguição política” devido ao seu posicionamento contra irregularidades no município. “Estamos sendo vítimas de uma grande perseguição política após nosso posicionamento combatendo irregularidades. Não acreditem em Fake News e informações falsas. Vamos continuar confiando em Deus e na justiça; tudo será esclarecido em breve”, afirmou o vereador.