Relatos apontam que notas fiscais foram atestadas e pagas antes da chegada dos materiais. Servidores que se recusaram a validar os documentos foram demitidos, e alterações na chefia do almoxarifado ocorreram para viabilizar os pagamentos. As empresas negam as acusações, mas possuem estrutura limitada, o que levanta suspeitas de fraude.
A crise afeta diretamente a população, com hospitais enfrentando escassez de insumos básicos e precariedade no atendimento. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu o bloqueio dos bens da prefeita e do secretário de Saúde, Bruno Alpacino Velame Reis, e acionou a Justiça para garantir a regularização do sistema de saúde. A multa diária imposta por descumprimento de decisões já acumula R$ 550 mil.
Enquanto as investigações avançam, órgãos fiscalizadores buscam responsabilizar os envolvidos. A gestão municipal ainda não apresentou justificativas claras para o desaparecimento dos recursos nem para a normalização dos estoques hospitalares. A situação reforça a necessidade de maior fiscalização e transparência para evitar novos escândalos.