A gestão de Magdala Furtado será eternamente marcada por escândalos e decisões que colocaram Cabo Frio no mapa do absurdo. Se já não bastassem as críticas constantes à falta de identidade dela com a cidade, as tentativas de “jogar sujo” com o dinheiro público atingiram níveis que nem o mais cínico político da velha guarda imaginaria. Mas é como dizem: o povo até fecha os olhos para alguns esquemas por debaixo dos panos, desde que a cidade funcione e as coisas não desmoronem. Agora, mexer na saúde e na merenda das crianças? Isso é cruzar a linha vermelha que nem a mais corrupta das gestões ousa atravessar. Mas a gestão Magdala atravessou, e com vários forasteiros no game.
Primeiro, o desvio de finalidade dos 55 milhões de reais enviados para a saúde. A população esperava que esses milhões fossem um alívio para o caos das unidades de saúde e dos hospitais do Jardim Esperança, as Upas do Parque Burle e Tamoios, mas, como num passe de mágica, o dinheiro sumiu. E o que restou? Hospitais lotados, falta de medicamentos, e um sistema de saúde cada vez mais precário. Para onde foi esse dinheiro? Nem Sherlock Holmes conseguiria desvendar. E o povo, que já sofria nas filas e com a falta de atendimento, agora ficou com a sensação amarga de que, com Magdala, não há promessa que vire realidade, só ilusão.
Mas como se isso não fosse humilhação suficiente para a cidade, ela ainda teve a audácia de tentar “fazer a festa” com a merenda escolar. A tal tentativa de adesão de ata para aumentar a verba da merenda de 9 milhões para absurdos 50 milhões de reais! Sério, Magdala? Nem nos maiores banquetes reais se gastaria tanto com comida. Será que as crianças estavam sendo preparadas para comer caviar e beber sucos refinados? É claro que não! A manobra não era nada mais do que um escandaloso esquema de corrupção, e o pior: com a alimentação das nossas crianças! O povo pode até aturar muita coisa, mas mexer com a saúde e com a merenda dos pequenos é imperdoável. Magdala mexeu onde não devia, e o preço dessa audácia foi alto.
Foi nesse momento que a máscara de “gestora que sofria violência política” caiu de vez. A verdade? O governo Magdala foi um circo de horrores, onde os palhaços eram os cidadãos que assistiam a sua cidade ser saqueada por uma gestão incompetente e gananciosa. Enquanto ela tentava, às escondidas, inflar a verba pública, as escolas de Cabo Frio continuavam precisando do básico, e as mães desesperadas se perguntavam como seria possível manter a saúde de seus filhos em um ambiente onde até a comida virou moeda de troca.
No final, a história da ex-prefeita que “tentou demais” será lembrada por essas manobras sujas, que selaram o destino de sua fracassada carreira política. E agora, enquanto pessoas pensam em recomeçar a vida bem longe, talvez em Portugal, o povo de Cabo Frio fica com o amargo legado de uma gestão que ousou mexer onde não devia. Um governo que traiu a confiança até do mais paciente dos eleitores, e que, sem sombra de dúvidas, ficará gravado na memória como o momento em que a ganância tentou ultrapassar os limites – mas foi desmascarada antes de conseguir completar o golpe.
Opinião escrita por Léo Hezer.