OPINIÃO | Apesar da queda de Alexandre Martins representar dias melhores em Búzios, Presidente da Câmara é ‘farinha do mesmo saco’. Entenda o caso:

OPINIÃO | Apesar da queda de Alexandre Martins representar dias melhores em Búzios, Presidente da Câmara é ‘farinha do mesmo saco’. Entenda o caso:

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A cassação do prefeito Alexandre Martins e do vice-prefeito, Miguel Pereira, por abuso de poder econômico no Tribunal Superior Eleitoral trouxe à tona a fragilidade política que Búzios se encontra nos últimos anos.

As eleições municipais de 2020 foram marcadas por denúncias que resultaram na apreensão de R$ 6,2 mil em espécie e material de propaganda no veículo do coordenador da campanha do então candidato Alexandre Martins, do partido Republicanos, que também é o partido que elegeu Rafael. A descoberta incluiu uma anotação detalhada de gastos, revelando pagamentos a colaboradores, benefícios a eleitores, como cestas básicas e serviços como limpeza de fossa.

O mais alarmante foi a explicitação de despesas destinadas à compra de votos no dia da eleição, com um valor unitário de R$ 150, totalizando um gasto de R$ 22,5 mil. A justiça agiu com rigor diante dessas práticas criminosas, cassando os mandatos de Alexandre Martins e Miguel Pereira.

Até então, Alexandre efetuava uma gestão capenga, apesar de ter muita mídia a favor, casos ganharam repercussão nacional de feminicídio, devendo pagamentos do CPROEIS, ou seja, deixando de sustentar a segurança pública, falta de prioridades, gastos supérfluos com obras na cidade e etc. Alexandre se baseava em seu ‘networking do submundo’, portanto se sentia imbatível ao lado de pessoas que transitam nos poderes, podemos afirmar até que ficou prepotente. Mas Alexandre caiu nas armas da vaidade, do ego, e quando lhe foi garantido que iria ganhar o processo na última instância do TSE, acreditou até o final, mas sem sucesso. Foi cassado com direito a pernada de aliados e um golpe na vaidade.

No entanto, a sucessão política levanta novas reflexões com o primeiro na linha de sucessão sendo justamente o filho do ex-vice, Miguel Pereira, o vereador Rafael Aguiar, presidente da câmara municipal. Além de representar uma continuidade de um modelo de governança ruim, Rafael é conhecido por suas conexões com indivíduos de reputação duvidosa.

O histórico de gestão do pai de Rafael, enquanto secretário de obras, é motivo de reclamações em Búzios. O fechamento do Valão de Cem Braças, reduto eleitoral de Rafael, revelou-se um desperdício de 9 milhões de reais, especialmente após as fortes chuvas do último domingo, quando a área fechada ficou completamente submersa. Esse tipo de má gestão evidenciou um uso irresponsável do erário público.

Outros episódios criticados incluem a reforma de escolas sem licitação, utilizando uma ata de manutenção para favorecer uma empresa que é acusada por lideranças da cidade de ser uma ’empresa amiga’, além da polêmica obra do centro de Búzios no valor de 6,5 milhões de reais, que já apresenta sérios defeitos após as últimas chuvas. Porém a cereja do bolo são os 12 milhões de reais gastos pela secretaria de obras para a limpeza de bueiros que, na prática, não foram devidamente limpos, como deveria.

Rafael Aguiar, ao assumir a Prefeitura, pode herdar não apenas o cargo, mas também um legado de decisões ruins e a falta de transparência, que foi uma marca da sua gestão na câmara municipal de Búzios.

 

Opinião escrita por: Leonardo Santana

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