O que muitos já suspeitavam agora é fato consumado: o ciclo político de Marquinhos Mendes em Cabo Frio está oficialmente encerrado. Após anos de liderança e ocupando cargos de destaque como vereador, deputado estadual e prefeito, Marquinhos, que já foi um dos nomes mais influentes da cidade, assistiu de camarote sua influência desmoronar de vez com a derrota humilhante de sua esposa, Kamila Mendes, nas urnas e de sua candidata a prefeita Magdala Furtado, a qual não tem identidade com a cidade de Cabo Frio. O resultado é vergonhoso: apenas 285 votos. Sim, isso mesmo, 285 votos para alguém que esperava conquistar uma cadeira na Câmara Municipal.

Se já não bastasse o fracasso colossal, o fiasco é ainda maior quando lembramos que Cati Mendes, avô de Léo Mendes, não conseguiu se eleger com pouco mais de 1.100 votos. E o que isso revela? Que para que uma pessoa se elegesse pela nominata, o grupo de Marquinhos teria que ter colocado quase 5 mil votos! pois a nominata atingiu cerca de 1900 votos, tirando a votaçaõ do Vô Cati! Um número muito distante da pífia realidade apresentada. O que se viu foi uma nominata fraquíssima do MDB, que nem de longe ameaçou qualquer adversário, além de um desgaste óbvio e incontestável do ex-prefeito e seu grupo.
Marquinhos, que um dia já reinou absoluto na política de Cabo Frio, agora se depara com uma dura realidade: não só não conseguiu eleger sua esposa, como demonstrou que sua capacidade de transferir votos e popularidade está completamente esgotada. O que resta agora é a vergonha de ser lembrado como alguém que, no fim de sua trajetória, sequer conseguiu eleger alguém para vereador.
A votação de Kamila Mendes é a pá de cal em um ciclo que já se arrastava de maneira patética. O ex-prefeito, que já havia perdido espaço, agora vê sua queda consolidada de vez. E o mais triste é que, enquanto ele se afoga na irrelevância política, quem esperava alguma força da nominata do MDB viu um barco naufragar de forma lamentável.