Em meio ao agravamento dos problemas ambientais e de ordenamento urbano no Peró, moradores do Peró e associação planejam novas reuniões com o recém prefeito eleito Dr. Serginho, buscando apoio para questões que têm prejudicado os moradores, turistas e comerciantes do bairro.
Embora o Peró ostente a prestigiada Bandeira Azul — selo internacional de qualidade ambiental — o bairro segue sem acesso a saneamento básico, com o lençol freático em constante contaminação, e o esgoto sendo lançado na Lagoa do Cajueiro. Esse despejo de esgoto descontrolado para a lagoa acaba sendo drenado para o Canal do Itajuru, o que polui diretamente a Lagoa de Araruama, a Ilha do Japonês e até a Praia do Forte. Até o momento, a Agenersa, agência reguladora, tem sido ineficaz ao lidar com a situação da região dos lagos, que só se agrava com o passar do tempo. Agentes da Agenersa chegaram a assumir mea-culpa com a vista grossa e o comodismo durante os últimos anos relatada na reunião da CPI dos serviços delegados.
Além da questão ambiental, outro problema vem prejudicando os moradores do bairro: o descontrole urbano e comercial durante a temporada. Licenças excessivas para ambulantes e barraqueiros têm transformado as áreas públicas em um verdadeiro caos. Na faixa de areia entre os quiosques, o espaço de banhistas e turistas é frequentemente invadido por guarda-sóis, mesas e cadeiras alugadas, resultando em um ambiente de desordem que prejudica o turismo de qualidade e afeta as vendas dos comerciantes do bairro que estão dentro da legalidade.
Com a CPI dos Serviços Delegados não avançando no setor de saneamento e um “apagão” de responsabilidade que qualquer pessoa enxerga na atuação da Agenersa, os Amigos do Peró veem as Câmaras Municipais como último recurso. A aposta está nos novos vereadores que assumem em janeiro, na esperança de que o apelo do Peró e de seus moradores finalmente ganhe a atenção devida, promovendo uma virada em prol do saneamento e da preservação ambiental que a população tanto espera.
E a pergunta que fica é: Por que a AGENERSA tem falhado com o Peró e com toda a Região dos Lagos?