A vereadora Mislene Santos, eleita em São Pedro da Aldeia com um discurso em defesa das mulheres e da população autista, tem sido observada com outros interesses na Câmara Municipal de São Pedro da Aldeia. Apesar de construir uma imagem pública fundamentada na defesa dessas causas, sua atuação prática tem revelado uma distância entre o discurso e a realidade até o momento.
Nas redes sociais, especialmente em seu Instagram, Mislene exibe uma comunicação em relação às pautas das mulheres e autistas. Publicações sustentam a narrativa de uma vereadora engajada e comprometida. Sua ausência em comissões que tratam diretamente das pautas que ela defende – como a Comissão da Mulher e a Comissão das Pessoas com Deficiência – levanta dúvidas sobre suas reais intenções no cargo.
Agora, fica a pergunta: o que vale mais, o compromisso com o eleitor ou os interesses que só ela sabe? Enquanto isso, mulheres e autistas – aqueles que mais precisam de uma representante de peso – seguem invisíveis. E a desculpa de “estar engajada em outros projetos” não cola, porque quem realmente acredita na causa não deixa passar oportunidades de brigar por ela. E se não for pra representar quem precisa, é melhor nem disputar eleição, né?
Como única mulher eleita na Câmara de São Pedro da Aldeia, era esperado que Mislene assumisse um papel de protagonismo na Comissão da Mulher, sendo uma voz ativa na defesa de políticas públicas para as mulheres. Contudo, sua omissão nesse espaço sugere que seu compromisso com as pautas femininas não passa de retórica. Da mesma forma, sua ausência na Comissão das Pessoas com Deficiência enfraquece ainda mais sua imagem de defensora dos direitos da população autista.
