A nomeação de Márcio Lima Sampaio como secretário de Cultura de Cabo Frio, filho da Ministra da Saúde, Nísia Trindade, trouxe uma onda de reflexões na política local. A decisão da prefeita Magdala Furtado, levantou questionamentos sobre possíveis trocas de favores políticos, além do nome não ter a menor conexão com a política e a história da cultura local, mesmo com pouco tempo para mostrar trabalho para a sua tão sonhada reeleição, a qual os cofres públicos são colocados em xeque para tal objetivo.
Márcio Lima Sampaio, reconhecido como músico e filho da Ministra da Saúde, assume a Secretaria de Cultura em um momento delicado, marcado por críticas quanto aos atrasos em editais e à organização do setor. A nomeação surpreendeu, especialmente porque havia especulações de que Sampaio assumiria a Secretaria de Comunicação ou a de Saúde, o que não se concretizou. Fundador e compositor da banda Ponto de Equilíbrio, ele sucede João Félix.
Essa decisão de trazer alguém sem conexão com a política e cultura local levanta dúvidas sobre a estratégia de Magdala e seus aliados. Em um contexto em que a reeleição de Magdala Furtado com pouco tempo adiante se torna desafiadora, a escolha de um “extraterrestre político” para uma pasta crucial como a Cultura pode ter implicações eleitorais, já que o segmento costuma formar a opinião do centro da cidade.
A oposição, liderada por Dr. Serginho, pode se beneficiar do aumento da adesão dos moradores locais e formadores de opinião à sua candidatura, visto que a decisão de nomeação parece distanciar ainda mais a administração municipal da identidade e dos anseios da sociedade cabo-friense.
