O processo de impeachment protocolado contra a prefeita Magdala Furtado antes das eleições municipais segue ganhando força nos corredores da Câmara Municipal de Cabo Frio. A crise administrativa e financeira que assola a cidade tem gerado uma onda de insatisfação, tanto entre os vereadores quanto na população.
Servidores municipais enfrentam atrasos salariais generalizados, enquanto serviços essenciais estão paralisados. Cemitérios deixaram de realizar enterros, postos de saúde e o Hospital do Jardim Esperança chegaram a fechar as portas devido à falta de medicamentos e insumos básicos. A situação da coleta de lixo expôs ainda mais a precariedade: a COMSERCAF foi flagrada utilizando veículos pequenos, como Saveiros, para realizar o serviço.
A crise se agravou nesta semana, quando os pagamentos a veículos alugados pela prefeitura foram suspensos. Paralelamente, as licitações para a merenda escolar chamam a atenção pelo aumento expressivo nos valores: de R$ 9 milhões para R$ 50 milhões, gerando questionamentos sobre o destino desses recursos públicos.
Uma fonte da Câmara revelou ao Lagos Informa que o processo de impeachment deve entrar em pauta nos próximos dias. Caso aprovado, Magdala Furtado poderá ser afastada do cargo e tornar-se inelegível, impactando diretamente seu futuro político.