Funcionárias do setor de Endemias da Saúde de Cabo Frio vivem um clima de medo e tensão após denunciarem os casos de assédio sexual e moral cometidos por Luiz Alberto de Melo, ex-chefe acusado de usar sua posição de poder para intimidar e abusar das trabalhadoras durante quase um ano. As mulheres, que denunciaram o caso na 126ª Delegacia de Polícia, agora temem represálias e a perda de seus empregos, uma vez que seus cargos são comissionados e dependem de indicação política.
Em um relato ao Lagos Informa, uma das funcionárias desabafou sobre a situação, revelando o temor constante de retaliação: “A prefeita afirma ser alvo de violência política, mas nós estamos sofrendo violência de verdade, assédio sexual e moral, com a possibilidade de perdermos os nossos empregos, o nosso sustento. A gente não tá brigando por milhões de reais, a gente não tá aqui em uma briga por poder, por ‘resolver a vida’, a nossa vida é normal e é real”.
As trabalhadoras apontam que, além do trauma emocional causado pelos abusos, enfrentam a insegurança de serem perseguidas e demitidas por terem exposto o caso, principalmente porque Luiz Alberto tinha uma relação de proximidade com o vereador Roberto Jesus, um nome forte dentro da gestão da prefeita Magdala Furtado. Segundo elas, o ambiente de trabalho se tornou ainda mais hostil, e a incerteza quanto ao futuro profissional agrava a angústia.
A redação do Lagos Informa permanece aberta para quaisquer esclarecimentos da Prefeitura de Cabo Frio e do vereador Roberto Jesus que ainda não se pronunciaram.