Mais de 1.400 vítimas já estão sendo convocadas para recuperar aparelhos roubados durante a maior operação contra furtos e receptação da história do Rio; quem não devolver pode ser indiciado
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início nesta quinta-feira (17) a uma ação inédita de devolução de celulares roubados, furtados ou adquiridos de forma ilegal. A medida faz parte da Operação Rastreio, a maior já realizada no estado no combate ao comércio clandestino de aparelhos eletrônicos. Nesta etapa, mais de 1.400 vítimas estão sendo chamadas para receber seus celulares de volta, após a identificação dos donos legítimos.
As convocações estão sendo feitas diretamente pelas delegacias responsáveis, através de ligações telefônicas e mensagens via WhatsApp. Os aparelhos serão entregues em unidades da Polícia Civil espalhadas por todo o estado. Na capital, a devolução ocorre na Cidade da Polícia, na Zona Norte. Já na Região Metropolitana, o atendimento acontece nas delegacias de Nova Iguaçu, Queimados, Duque de Caxias, Magé, Alcântara e Niterói. Nas demais cidades, a entrega será feita nas delegacias locais.
Desde maio, quando a operação foi iniciada, mais de 4,7 mil celulares com origem criminosa foram apreendidos. Os aparelhos ainda não devolvidos passam por perícia para confirmação de propriedade, e os verdadeiros donos seguem sendo localizados por investigadores.
O delegado e secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que usuários que foram flagrados com celulares roubados e não fizeram a devolução voluntária em até 72 horas serão alvos de inquérito policial. “Todos foram identificados. Quem não devolveu no prazo legal pode responder por receptação”, alertou.
Na fase anterior da operação, realizada no fim de junho, cerca de três mil usuários foram notificados e mil aparelhos já foram devolvidos às autoridades. O objetivo da operação é claro: enfraquecer a cadeia criminosa que lucra com o comércio de celulares roubados.
