Joana completaria 2 anos nesta semana, mas teve a vida interrompida após uma série de falhas no atendimento em São Pedro da Aldeia; polícia investiga o caso e laudo médico é inconclusivo
O que era para ser apenas um passeio de férias em família terminou em tragédia. Joana Garcia Campos, de 1 ano e 11 meses, morreu na madrugada de 28 de julho após ser transferida da UPA Pediátrica de São Pedro da Aldeia para o Hospital Pediátrico Lagos (HP Lagos), na Região dos Lagos. A família, que mora no Rio, denuncia negligência médica e uma série de falhas no atendimento.
Segundo a mãe, Joana apresentava sintomas leves de virose no dia 24, mas piorou no dia 27. Na UPA, recebeu nebulização e uma medicação intravenosa, após a qual sofreu parada cardiorrespiratória. Já no HP Lagos, a menina teve nova parada e foi entubada, mas não resistiu.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que Joana foi atendida por equipe multidisciplinar, passou por exames e foi liberada com orientação de retorno em caso de piora. No dia 27, ela voltou com quadro de bronquiolite, foi colocada em suporte respiratório e transferida ao HP Lagos. A pasta lamentou a morte e disse estar à disposição para esclarecimentos.
O HP Lagos afirmou que Joana chegou em estado grave, com sepse pulmonar e choque séptico. Segundo o hospital, a bebê já estava em parada cardiorrespiratória, foi reanimada, intubada e permaneceu em ventilação mecânica até o óbito.
A Polícia Civil informou que a necropsia foi inconclusiva e que exames complementares serão realizados no IML Afrânio Peixoto, no Rio. A investigação segue em andamento. A família, enquanto isso, enfrenta dificuldades até para liberar o corpo e realizar a despedida da filha, que faria 2 anos nesta quinta-feira (7).
