Treze pessoas foram presas em nova fase da Operação Torniquete, que desmantela rede criminosa ligada a tráfico, homicídios e receptação de produtos roubados. Região dos Lagos está no radar da polícia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16), mais uma ofensiva contra o crime organizado no estado. Treze pessoas foram presas durante a segunda fase da Operação Torniquete, que investiga uma quadrilha envolvida em roubos de cargas, tráfico de drogas e homicídios. O esquema criminoso atuava em diferentes municípios fluminenses, incluindo São Pedro da Aldeia, onde, segundo a investigação, comerciantes estariam comprando produtos roubados e, com isso, ajudando a financiar facções criminosas.
Coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a ação também mobilizou equipes em Campos dos Goytacazes e São João da Barra, no Norte Fluminense. O objetivo foi desarticular o braço financeiro do crime organizado, que usa o comércio ilegal de cargas para sustentar disputas entre grupos rivais, bancar a atuação de criminosos e garantir recursos para integrantes presos.
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha agia de forma estratégica: roubava caminhões carregados de mercadorias, revendia os produtos a empresários locais, e destinava o dinheiro para financiar facções envolvidas com o tráfico de drogas e assassinatos. Os presos foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, onde prestam depoimento.
Desde que foi deflagrada, em setembro de 2024, a Operação Torniquete já resultou em mais de 540 prisões e no bloqueio de R$ 70 milhões em bens e valores ligados a organizações criminosas. A investigação foca, principalmente, nos crimes de roubo, furto e receptação de cargas e veículos — atividades apontadas como fontes fundamentais de renda para as facções.





