Operação investiga venda de gelo com coliformes fecais para quiosques da orla carioca
O policial civil José Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), morreu após ser baleado na cabeça durante uma operação da Delegacia do Consumidor (Decon) na manhã desta segunda-feira (19), na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele chegou a ser socorrido em estado grave para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos.
A operação, que conta com o apoio da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (DPMA), da Cedae, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais, tem como foco o combate à fabricação e comercialização de gelo sem condições mínimas de higiene e fora dos padrões ambientais. O produto é vendido em quiosques e bares das praias da Barra da Tijuca e do Recreio.
Durante a ação, os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão com o objetivo de verificar a qualidade da água utilizada, as condições de produção e transporte do gelo, além de possíveis irregularidades no consumo de água e energia elétrica por parte das empresas envolvidas.
As investigações começaram após uma fiscalização realizada em fevereiro deste ano, quando a Polícia Civil flagrou a presença de coliformes fecais em amostras de gelo transportadas por quatro caminhões que abasteceriam estabelecimentos comerciais na orla da Zona Oeste. Dois laudos técnicos da Cedae confirmaram a contaminação.
Além das questões sanitárias, a operação desta segunda-feira também apura possíveis crimes ambientais e infrações contra o consumidor. O trabalho das equipes busca garantir a segurança da população, especialmente durante o consumo de produtos em locais de grande circulação, como as praias da cidade.