O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizou nesta terça-feira (26) uma operação que resultou na apreensão de mais de R$ 1 milhão em espécie. A ação apura crimes de lavagem de dinheiro e direcionamento em contratos da Fundação Estadual de Saúde do RJ.
Além do dinheiro em espécie, também foram apreendidos: 600 dólares e 500 euros, 12 celulares, 9 HDs, 5 laptops e 1 tablet, Documentos, caderno de anotações e chips de telefonia móvel.
A operação cumpriu 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organizações Criminosas da Capital. Entre os alvos, estão o ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Allan Turnowski, e o delegado Eduardo Clementino de Souza, dono de uma das empresas investigadas.
As investigações apontam para a prática de direcionamento de contratos públicos, com benefícios indiretos para servidores e investigados, entre os anos de 2021 e 2022. O esquema teria envolvido unidades hospitalares como o Hospital Heloneida Studart, em São João de Meriti, e o CEDI – Rio Imagem, no Centro do Rio.
Em nota, a defesa de Allan Turnowski afirmou que ele desconhece os contratos investigados e que só irá se manifestar após acessar os autos do processo. Turnowski já havia sido preso em 2022 por suspeitas de envolvimento com organização criminosa e jogo do bicho, mas responde em liberdade.
Os mandados foram cumpridos em bairros da capital, como Tijuca, Lagoa, Barra da Tijuca e Jacarepaguá, além de municípios como Niterói e Silva Jardim.
A operação reforça o foco das autoridades no combate a desvios de recursos públicos e esquemas ilícitos envolvendo serviços essenciais, como a saúde. As investigações continuam para identificar o alcance total do esquema e os responsáveis diretos pelo desvio dos recursos.