Megaoperação no Rio: lista revela quem eram os 115 mortos nos complexos do Alemão e da Penha — 38% nasceram no estado e metade tinha mandado de prisão

Megaoperação no Rio: lista revela quem eram os 115 mortos nos complexos do Alemão e da Penha — 38% nasceram no estado e metade tinha mandado de prisão

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Polícia Civil divulga dados detalhados de mortos em uma das ações mais letais da história do Rio; média de idade é de 28 anos e 12 homens eram apontados como líderes de facções em outros estados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou os perfis de 115 civis mortos durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha — que terminou com 121 mortos, incluindo quatro agentes de segurança. O levantamento mostra que 44 deles (38%) nasceram no estado do Rio, e a média e mediana de idade é de 28 anos. Entre os identificados, metade tinha ao menos um mandado de prisão ou de busca e apreensão, e 36 não tinham o nome do pai no registro de nascimento.

A lista inclui informações como RG, CPF, fotos, histórico criminal e perfis em redes sociais. Os dados revelam uma grande diversidade de origens, com registros de mortos de Pará, Amazonas, Bahia, Paraíba e São Paulo. O mais jovem, de 14 anos, era investigado por “fato análogo ao estupro de vulnerável”; o mais velho, Jorge Benedito Barbosa, de 55 anos, tinha condenação por roubo e faria aniversário no dia seguinte à operação.

Entre os mortos, 12 eram apontados pela polícia como lideranças de facções em outros estados. Um deles, Francisco Myller Moreira da Cunha, conhecido como Gringo, era líder do Comando Vermelho no Amazonas e tinha mandado de prisão ativo por homicídio, tráfico e porte de arma. Já Ronaldo Julião da Silva, de 46 anos, da Paraíba, não possuía anotações criminais.

Os crimes citados nas fichas policiais vão de tráfico de drogas e homicídio a estupro, extorsão e porte ilegal de armas de uso restrito. Apesar da operação ter sido justificada como combate ao crime organizado, os dados mostram um retrato mais complexo — marcado por juventude, ausência paterna e histórico de vulnerabilidade social.

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