Uma megaoperação deflagrada na manhã da última terça-feira (28) pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro atingiu integrantes do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, e também alcançou criminosos de Cabo Frio. Até a meia-noite, foram registradas oficialmente 81 prisões e 64 mortes, incluindo quatro policiais. Fontes extraoficiais indicam que o número de mortos pode ultrapassar 130.
Entre os alvos de Cabo Frio, foram presos Daniel da Silva Pereira, o Filhinho, Sued Yuri Lemos Borges, o B da Glock, e Wescley de Mendonça Lessa, todos da Favela do Lixo, além de Patrick Wesley Rafael Domingos, o PT, da comunidade Boca do Mato. Informações não confirmadas sugerem a morte de José Paulo Nascimento Fernandes, o Zé Lelê, e Maxuel Araújo Zacarias, o Dedão, enquanto Anderson da Silva Severo, o Uando ou Maestro, e Cleiton da Silva, o Mãozinha, teriam sido feridos e seguem foragidos.
O foco da operação também é Wagner Teixeira Carlos, o Waguinho, principal chefe do Comando Vermelho na Região dos Lagos. Preso há mais de 15 anos, ele é apontado como responsável por coordenar o tráfico em Cabo Frio, Arraial do Cabo e São Pedro da Aldeia, inclusive de dentro do presídio. Waguinho já foi alvo das operações Constantino II e Reza Vela e é denunciado como mandante da morte do policial militar Luís Paulo, o Negão do Bope, em 2020.
O governador Cláudio Castro anunciou a solicitação de transferência para presídios federais de dez lideranças da facção, já detidas em Bangu, citando o papel delas na propagação do terror na região. A Operação Contenção segue em andamento, e novas informações sobre prisões, mortes e transferências serão divulgadas nos próximos dias.





