Priscila Torquato foi condenada por crime bárbaro cometido em 2021; vítima estava no oitavo mês de gestação e criança não resistiu
Um crime que chocou Macaé e ganhou repercussão em todo o estado teve desfecho no Tribunal do Júri nesta quarta-feira (20). Priscila Torquato da Silva foi condenada a 53 anos de prisão em regime fechado por matar brutalmente Pâmela Ferreira Andrade Martins, grávida de oito meses, e tentar assumir como seu o bebê que não sobreviveu após o parto forçado.
O crime aconteceu em março de 2021, na comunidade Nova Holanda. Priscila atraiu Pâmela até sua casa e, de forma cruel, abriu o abdômen da vítima com uma faca para retirar a criança. A ré havia mentido a familiares, dizendo estar grávida, e pretendia registrar o bebê como se fosse seu filho.
O julgamento, acompanhado de perto pela família da vítima, foi conduzido pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) por meio do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GAEJURI). Os promotores ressaltaram a frieza da acusada, a dor irreparável da família e o impacto psicológico sobre o filho de Pâmela, que na época tinha apenas dois anos e presenciou a cena. Hoje, aos seis, ele enfrenta dificuldades emocionais e de comunicação.
A sentença reconheceu que o crime foi praticado por motivo torpe, com meio cruel e impossibilitando a defesa da vítima. Para o MPRJ, a decisão é uma resposta firme da Justiça a um ato considerado “de extrema barbárie”.





