Búzios está se preparando para uma temporada de cruzeiros promissora, com início em 17 de outubro e término em 27 de abril. O município está programado para receber um total de 107 escalas de navios, um aumento significativo em relação ao ano passado.
Essa quantidade de escalas supera em muito o número previsto para Cabo Frio, que deve receber apenas uma parada de cruzeiro, de acordo com informações da Marinha do Brasil. A perspectiva é de uma temporada movimentada e turística em Búzios.
DISCREPÂNCIA
A discrepância entre as duas cidades é especialmente preocupante, considerando que ambas compartilham um cenário natural deslumbrante e um potencial turístico significativo. Cabo Frio, com suas praias de areias brancas e águas cristalinas, deveria estar competindo de igual para igual com Búzios na atração de turistas e navios de cruzeiro.
Essa falta de atitude imponente por parte das autoridades de Cabo Frio prejudica a cidade em termos de empregos, receita e desenvolvimento econômico. Enquanto Búzios colhe os benefícios de uma temporada movimentada e de um alto ticket médio, Cabo Frio parece estar deixando passar uma oportunidade de ouro para impulsionar sua indústria turística e melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.
Um dos principais motivos que contribuem para a má reputação de Cabo Frio é a presença constante de ‘farofeiros’ com caixas de som alta nas praias, de palavras com baixo calão, perturbando a tranquilidade dos visitantes que buscam um ambiente relaxante à beira-mar, além de pessoas armadas sem registro para a posse e confusões generalizadas, que acabam em tiroteio na Praia do Forte.
Outro aspecto que contribui para a insatisfação dos turistas são as casas de aluguel de temporada superlotadas, onde muitas vezes mais de 20 ou 30 pessoas são acomodadas, quando o espaço comportaria no máximo 6. Isso resulta em uma superlotação na cidade a preço de banana para o comércio e a população local, diferentemente de Búzios, que sabe valorizar o produto turístico local.
“A população e o comércio local ficam a mercê da desvalorização turística, enquanto meia dúzia de empresários de casas de aluguel ficam milionários, e se enriquecem do turismo ‘farofeiro’.” Afirmou um comerciante a nossa redação.
Além disso, a presença de turistas que trazem alimentos e bebidas de suas cidades em ônibus, como panelaços e melancias, como foi noticiado no ano passado, não contribui com a economia local, além da geração de lixo excessivo tanto nas calçadas dos bairros, quanto nas praias, prejudicando a beleza da cidade e das áreas turísticas.
Enquanto Búzios investe em oferecer uma experiência de turismo de qualidade, Cabo Frio enfrenta desafios que afetam a satisfação dos visitantes. É necessário que as autoridades locais tomem medidas energéticas para combater esses problemas, melhorar a qualidade do turismo e garantir que a cidade seja vista como um destino atraente e acolhedor para os visitantes.
Caso contrário, a má reputação persistirá e a cidade continuará a perder oportunidades valiosas para o turismo de qualidade, ficando relegada a um status de “farofeiros” em comparação com seus vizinhos mais bem-sucedidos.