CRUELDADE: O que mais precisa acontecer para Cabo Frio parar de tratar crianças e jovens especiais como um problema e não como cidadãos com direitos garantidos por lei? O relato da mãe de Caio Lázaro, um aluno especial da rede municipal, é mais uma prova do descaso cruel da Prefeitura com a educação inclusiva.
Caio seguiu todas as regras, passou pelo protocolo de matrícula, teve sua vaga garantida para 2025 e, quando tudo parecia certo, veio o golpe: negação da vaga sob a desculpa de um novo decreto municipal, obrigando-o a estudar no período noturno.
“Ele só quer estudar mas nada! Aluno ESPECIAL da rede municipal de Cabo Frio, foi matriculado na Unidade Escolar Edilson Duarte seguindo protocolo de matrícula de alunos da rede, TUDO CERTO PARA 2025! Foi tentado vaga para pré matrícula no Alfredo Castro…CONSEGUIMOS!!!! Na hora de efetuar, terminando com apresentação dos documentos…VAGA NEGADA BASEADA EM NOVO DECRETO MUNICÍPIO, onde ofereceram somente vaga ao aluno para horário noturno.LEI OU DECRETO que se refere aos jovens e adultos maiores que 17 anos.
Como ficam os direitos de um aluno ESPECIAL nesse momento!????
ME AJUDEM! ELE SÓ QUER ESTUDAR E FAZER VALER O DIREITO DA LEI DE INCLUSÃO!
Todos que conhecem NOSSO CAIO LÁZARO, sabem que não existe a possibilidade dele frequentar o horário noturno de nenhuma U.E.!
SOCORROOOOOO ! COMPARTILHEM AMIGOS!”. Relatou a Mãe, Fernanda Dias.
Como assim? Desde quando um jovem especial deve ser jogado na educação de jovens e adultos sem qualquer estrutura adequada para suas necessidades? O que Cabo Frio está fazendo é um absurdo, um ataque direto ao direito constitucional à educação e um total desrespeito à Lei Brasileira de Inclusão.
Esse garoto tem um sonho: ser engenheiro agrônomo. E ao invés de apoiar esse futuro, a Prefeitura está atropelando o direito dele de estudar, Isso não é só descaso. Isso é extermínio de sonhos, de oportunidades, de dignidade.
A pergunta que fica é: quem assinou esse decreto desumano? Quem dentro da Prefeitura acha razoável negar o acesso à educação para um aluno especial? Porque se o problema fosse competência, dava pra resolver. Mas quando o problema é falta de humanidade, aí fica difícil.
Entramos em contato com a Comunicação da Prefeitura, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos respostas.