Das aulas canceladas até militantes com microfones, descubra a anatomia do SEPE Lagos em Cabo Frio

Das aulas canceladas até militantes com microfones, descubra a anatomia do SEPE Lagos em Cabo Frio

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Se tem uma coisa que o cabofriense já percebeu faz tempo, é que tem muito professor que abandonou o giz pra pegar bandeira. E no meio dessa história, o SEPE Lagos virou protagonista — não da luta por educação de qualidade, mas sim de uma velha novela cabofriense com roteiro batido e sempre o mesmo final: aluno sem aula, militante com microfone e desastre na nota final do ENEM…

A atual presidente do sindicato, Denise Alvarenga, é professora de Literatura, mas segundo boa parte dos alunos, que teve aula com ela, sempre confundiu sala de aula com palanque. Conhecida por ser a “mãe” do movimento estudantil no Rui Barbosa, ela encantou muita molecada com discurso de mudar o mundo, e principalmente a educação da cidade, mas enquanto isso, o colégio que já foi referência virou sinônimo de paralisação, greve e politicagem.

A real é que o SEPE virou um puxadinho da esquerda cabofriense. Já passou por PSOL, PDT e agora anda colado com PT e UP. Os mesmos de sempre: Cláudio Leitão, que já tentou ser prefeito três vezes e nunca chegou lá; Babade, o professor soviético — sim, morou na antiga União Soviética — que conhece cada esquina da história política de Cabo Frio; e Rafael Peçanha, professor de História que chegou depois, em 2015, e virou vereador surfando na onda da educação. Todos eles se reuniam nos porões da direção do Rui Barbosa, onde planejavam as próximas greves, assembleias e reuniões do sindicato. Enquanto isso, os alunos, que deveriam focar em seu crescimento pessoal e intelectual para se preparar para a fase mais importante do início de suas vidas em um país tão desigual, foram instrumentalizados como arma política.

Professor de História Babade (PCB), (à esquerda). Cláudio Leitão (PSOL), (Direita). Ambos foram os grandes idealizadores políticos do SEPE Lagos.

Esses nomes, junto com Denise, transformaram o sindicato em um aparelho político. Já não é mais sobre salário ou condição de trabalho. É sobre quem vai mandar na narrativa da cidade. Quem controla a cabeça dos professores, controla os discursos, controla a opinião pública. E quem controla a opinião pública acha que controla até a eleição. Aliás, conseguiram isso em 2020 com José Bonifácio (PDT), vencendo as eleições com 47 mil votos e, depois, sendo traídos pelos acordos políticos firmados antes das eleições pelo então prefeito.

Claudio Leitão e Babade com bandeira do Lula, e homem desconhecido com camiseta da União Soviética e Seleção Brasileira em vermelho.

E a tática é manjada: invadir a prefeitura, parar o trânsito, jogar a população contra o governo. Já foi assim com Alair, com Adriano, com Magdala, e agora querem repetir com Serginho, que nem completou 4 meses de mandato. Enquanto isso, o aluno do ensino médio, principalmente do Rui Barbosa, vai ficando pra trás, sem aula, sem base, e sem chance de passar no ENEM pra um curso que preste. E a culpa é de quem? Do prefeito? Ou de quem usa o colégio como massa de manobra política?

E o pior: tem professor fazendo discurso político dentro da sala de aula pra garoto de 15, 16 anos. Doutrinando, ao invés de ensinar. E aí, quando o moleque chega no vestibular, só sobra curso que ninguém quer. Sonham com Direito, Medicina, Engenharia e acordam com Ciências Sociais, Filosofia ou Biblioteconomia — com todo o respeito por essas áreas! O Rui Barbosa já foi orgulho da cidade. Hoje, é só sombra do que foi — e tudo isso porque virou instrumento de um projeto de coletivismo barato há mais de 10 anos.

Conhecida por ser a “mãe” do movimento estudantil cabofriense, Denise discursa em assembleia com estudantes do Rui Barbosa, contra a Prefeitura Municipal de Cabo Frio.

E, no meio disso tudo, ainda tem os figurões da política que incentivam esse teatro: Jânio Mendes, que vive da oposição há 20 anos; Aquiles Barreto, que sempre foi habilidoso em controlar a narrativa política da cidade através dos meios de comunicação e do poder legislativo, agora usa a máquina de Eduardo Paes no Rio para iniciar o sustento de alguns pilares da narrativa; e o povo da esquerda raiz, que nunca saiu do palanque — ou, quando saiu, não conseguiu colocar nem dez por cento em prática daquilo que pregava. Foi assim em 2018, no governo Adriano, quando detiveram a Educação com Leitão e Denise. O SEPE precisa decidir: vai continuar sendo sindicato ou vai abrir logo um comitê eleitoral?

Se continuar assim, daqui a pouco o SEPE vai estar filiando mais cabo eleitoral do que professor, e distribuindo mais panfleto de partido do que material didático. O enredo é sempre o mesmo: o sindicato de luta virou sindicato de disputa — não por direitos, mas por cargos, influência e narrativa. E uma hora, o cabofriense vai aplaudir de pé — não o espetáculo, mas o fim da palhaçada.

Ninguém aqui é contra sindicato. Lutar por direitos é justo, é legítimo, é necessário. Mas tem que ter responsabilidade. Porque quando um sindicato esquece que por trás de cada paralisação tem um aluno que depende daquela aula pra mudar de vida, vira cúmplice da desigualdade que diz combater.

Usar a vulnerabilidade dos estudantes como moeda de troca por cargo, gratificação ou poder político, é mais sujo do que qualquer gestão que vocês dizem combater. É trair o próprio propósito: defender a educação pública.

Se querem fazer política, que seja nas urnas. Na sala de aula, o compromisso tem que ser com o futuro de quem não tem alternativa. Porque quando o sindicato perde a noção do que está em jogo, não está mais lutando por direitos — está ajudando a destruir o pouco que ainda resta de esperança pra quem só tem a escola como chance de mudar de vida.

Imagem criada por Inteligência Artificial com auxílio de Photoshop (PS).

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