Um agente comunitário de saúde (ACS), que atuava em Cabo Frio, relatou ter sido desligado da unidade onde trabalhava, sob circunstâncias que considera irregulares e fruto de perseguição política. O profissional, que estava na função desde 2021 e afirma ter boa relação com os pacientes, alega que a administração da unidade, ligada a um vereador, tem promovido demissões de servidores considerados “desafetos” do político.
Segundo o ACS, ele recebeu uma ligação no dia 1º de novembro informando sobre sua demissão. Dias depois, ele soube que uma nova agente foi contratada para ocupar sua posição, embora, conforme destaca, a lei permita a contratação de agentes comunitários apenas por meio de processo seletivo ou em situações de emergência sanitária, como durante a pandemia. “Fui contratado na época da pandemia, como outros cerca de 50 agentes, mas a nova contratação não seguiu esses critérios”, afirma o profissional.
O agente aponta que o processo seletivo previsto para este ano foi cancelado e classifica a contratação como uma “enganação”. Ele também relata um clima hostil na unidade, onde a administradora teria intensificado a pressão sobre os funcionários ao longo do ano, resultando em pelo menos quatro demissões de servidores próximos ao final do atual mandato.