Casal e uma mulher são apontados pela Polícia Civil como responsáveis por latrocínio que vitimou Júlio César Andrade Silvério; trio viajou para Arraial do Cabo e Búzios após o crime
A Polícia Civil detalhou, nesta segunda-feira (3), a prisão de três pessoas suspeitas de envolvimento na morte do motorista de aplicativo Júlio César Andrade Silvério, em Barbacena, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais. Entre os detidos estão um homem de 35 anos, a companheira dele, de 21, e a irmã, de 40. Segundo as investigações, o trio teria cometido o crime durante uma corrida feita fora do aplicativo, no dia 11 de outubro.
De acordo com a delegada Ariadya Tavares, responsável pelo caso, a principal linha de investigação é a de latrocínio — roubo seguido de morte. O corpo de Júlio César foi encontrado três dias depois, em uma área de barranco conhecida como Cabeça Branca, com sinais de carbonização e múltiplas facadas.
A investigação apontou ainda que, após o assassinato, o casal realizou transferências bancárias que somaram cerca de R$ 20 mil da conta da vítima. Logo depois, eles deixaram Barbacena e viajaram para Arraial do Cabo e Búzios, na Região dos Lagos, onde foram localizados e presos. A terceira envolvida, irmã do homem, teria participado das movimentações financeiras.
O principal suspeito já tinha passagens por furto e violência doméstica. A polícia segue apurando se houve participação de outras pessoas no crime.
Segundo familiares, Júlio César trabalhava como pedreiro e fazia corridas por aplicativo para complementar a renda. Ele havia saído para trabalhar durante a tradicional Festa das Flores e Rosas, em Barbacena, e não voltou mais para casa. O carro dele foi encontrado no dia seguinte ao desaparecimento, com vestígios de sangue no interior.
A vítima, que havia adquirido o veículo recentemente, deixa esposa e um filho de dois anos. A Polícia Civil informou que Júlio não tinha nenhum envolvimento anterior com ocorrências policiais.





