Pedreiro “laranja” se passou por empresário e recebeu mais de R$3,5 milhões da Prefeitura de Arraial do Cabo

Pedreiro “laranja” se passou por empresário e recebeu mais de R$3,5 milhões da Prefeitura de Arraial do Cabo

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Caio Gervazoni

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Um pedreiro em Arraial do Cabo,  é um dos investigados da operação Toque de Caixa por se passar por empresário e receber mais de R$ 3 milhões da Prefeitura entre 2018 e 2020.

Jerry Anderson de Araújo Silva, inicialmente contratado como auxiliar de serviços gerais, assinava contratos, incluindo dois com dispensa de licitação, como dono da empreiteira ATLANTIC. O Homem recebeu mais de R$3 Milhões da prefeitura de Arraial. A investigação revelou que a empresa foi criada pouco depois do grupo politico Marquinhos de Nicomedes assumir o poder.

Segundo a Policia, outra empresa de fachada, a M.A.F. DO NAZARETH INCORPORAÇÃO E CONSTRUTORA, que pertencia a Marquinhos, foi usada no esquema.

A operação “Toque de Caixa” resultou na denúncia de dezenove pessoas por crimes como falsidade ideológica, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, incluindo  Marcos Antônio Ferreira do Nazareth, conhecido como Marquinho de Nicomedes, que foi preso nesta terça-feira, 18 de Junho.

Marcos Antônio Ferreira do Nazareth, o Marquinho de Nicomedes

O esquema, segundo a Polícia Civil funcionava da seguinte forma: Sob orientação de políticos da cidade, Marquinho de Nicomedes abriu duas empresas destinadas a firmar contratos com a Prefeitura. Quando Renatinho Vianna, aliado político de Nicomedes, assumiu como prefeito, as empresas começaram a assinar mais de 30 contratos para obras municipais.

No entanto, a Prefeitura começou a pagar por obras que não foram realizadas, incluindo aditivos sem justificativa e por itens não contratados. Próximo ao fim do mandato de Renatinho Vianna, os pagamentos foram acelerados, enviando milhões de reais às contas das empresas de Nicomedes.

Esse dinheiro retornou como propina distribuída entre os membros da quadrilha. As empresas eram de fachada, sem estrutura real para executar os contratos municipais, e os documentos relacionados aos contratos, licitações e pagamentos desapareceram dos arquivos da Prefeitura.

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Repórter do Lagos Informa. Jornalismo Universidade Veiga de Almeida.
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