MC Poze do Rodo e esposa, Vivi Noronha, estão entre os alvos da ação; facção usava empresas para lavar dinheiro do tráfico no Rio de Janeiro
Uma megaoperação da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi deflagrada nas primeiras horas desta terça-feira (3 de junho) para desarticular um esquema milionário de lavagem de dinheiro atribuído ao Comando Vermelho (CV). A ação, que mobilizou cerca de 200 agentes, tem como alvo principal a movimentação de R$ 250 milhões oriundos do tráfico de drogas.
Segundo as investigações, o dinheiro era “lavado” por meio de empresas em nome de Vivi Noronha, esposa do cantor MC Poze do Rodo, que também foi preso durante a operação. Os recursos ilícitos eram posteriormente reinvestidos em armas de grosso calibre, cocaína e estratégias para ampliar o domínio territorial da facção nas comunidades.
Durante a ação, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, inclusive na residência de MC Poze, além do bloqueio de mais de 35 contas bancárias ligadas ao grupo criminoso. A operação foi conduzida pelas equipes da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da PCERJ.
Após a deflagração da operação, Vivi Noronha se pronunciou nas redes sociais, alegando que policiais teriam cometido furto durante as buscas. A declaração gerou grande repercussão online e aumentou ainda mais o interesse público sobre o caso.
As investigações também apontaram Fhillip Gregório, conhecido como “Professor”, como uma das peças-chave na estrutura financeira do Comando Vermelho. Ele estaria envolvido na organização de eventos como o Baile da Escolinha, supostamente utilizados como fachada para lavagem de dinheiro e fortalecimento do poder da facção em comunidades cariocas.
As investigações continuam em andamento e novas prisões não estão descartadas.