O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou nesta quarta-feira (16) a retomada do horário de verão ainda este ano. O governo vai avaliar, nos próximos meses, se é o caso de retomar a medida a partir de 2025.
A prática, que adianta os relógios em uma hora, era adotada anualmente em partes do Brasil para diminuir o consumo de energia pelo melhor aproveitamento da luz natural.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira que após uma última reunião com o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) foi concluído que não havia necessidade para decretar a medida para este verão.
“Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição, sim, a volta dessa política em 2025”, afirmou.
História do horário de verão no Brasil
O horário de verão no Brasil foi implementado pela primeira vez em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, como uma tentativa de otimizar o uso da luz solar e reduzir o consumo de energia elétrica, principalmente em períodos de maior demanda. A ideia era adiantar os relógios em uma hora, permitindo que a população aproveitasse melhor a luz natural no início da noite, diminuindo o uso de iluminação artificial.
“A prática dessa medida, já universal, traz grandes benefícios ao público, em consequência da natural economia de luz artificial”, dizia o texto do decreto assinado por Vargas, datado de 1º de outubro daquele ano.
Nos primeiros anos, o horário de verão não foi aplicado de forma contínua. Ele sofreu várias interrupções e modificações ao longo do tempo, especialmente devido a variações nas necessidades de consumo de energia e nos avanços tecnológicos que mudaram a forma como o país gerenciava sua matriz energética.
Foi nas décadas de 1980 e 1990 que o horário de verão começou a ser aplicado de maneira mais regular e uniforme, sobretudo em regiões que mais dependiam da energia hidrelétrica. Durante esses períodos, o Brasil enfrentou crises energéticas, e o horário de verão foi visto como uma forma eficiente de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico.