Agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia concluíram operação de quase 15 horas para retirar corpo da montanhista brasileira encontrada morta em trilha do vulcão
Uma operação de resgate que durou cerca de 15 horas foi realizada por equipes da Basarnas, a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, para retirar o corpo de Juliana Marins, montanhista brasileira encontrada morta após uma queda no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia. O corpo foi levado ao Hospital Bhayangkara, em Sembalun, cidade próxima ao local do acidente, na madrugada desta quarta-feira (25), horário local.
Juliana, de 26 anos, foi localizada a aproximadamente 600 metros abaixo da trilha, em uma região de difícil acesso. As condições meteorológicas desfavoráveis, com neblina densa e variações rápidas de temperatura, impediram o uso de helicópteros na operação, que exigiu a instalação de vários pontos de ancoragem para içar a vítima em segurança.
O resgate teve início por volta das 6h no horário local (17h de terça no horário de Brasília). Por volta das 13h51, toda a equipe e o corpo foram içados até o ponto de ancoragem superior. A partir daí, o comboio desceu até Pelawangan, antes de seguir para Sembalun, onde o corpo foi entregue às autoridades hospitalares às 20h40.
Três equipes especializadas participaram da operação, incluindo membros do esquadrão Rinjani, conhecido por sua experiência em resgates em terrenos de alto risco. No total, sete profissionais acompanharam o resgate em diferentes pontos da montanha, enfrentando obstáculos como a falta de equipamentos adequados e relatos confusos durante as buscas, que duraram quatro dias.
Juliana era natural do Rio de Janeiro, morava em Niterói, e tinha formação em publicidade e propaganda pela UFRJ. Além de sua carreira profissional, dedicava-se à dança pole dance, demonstrando uma paixão pela atividade física e desafios pessoais.
Um montanhista voluntário que participou do resgate publicou nas redes sociais suas impressões sobre as dificuldades enfrentadas, ressaltando o clima adverso e o terreno complexo. Ele lamentou não ter podido fazer mais para evitar a tragédia.
O chefe da Basarnas, marechal do ar Muhammad Syafi’i, afirmou que, após a entrega oficial do corpo ao hospital, os procedimentos para repatriação ou outras medidas caberão às autoridades locais e à família.





