Ministério Público do RJ investiga supostos desvios de R$ 326 milhões na Prefeitura de Saquarema

Ministério Público do RJ investiga supostos desvios de R$ 326 milhões na Prefeitura de Saquarema

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Operação Conexões cumpre 30 mandados de busca em seis municípios; entre os alvos estão a ex-prefeita Manoela Peres e o secretário de Relações Institucionais, Antônio Peres

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou, nesta terça-feira (13), a Operação Conexões, que investiga a atuação de uma possível organização criminosa e o desvio de recursos públicos na Prefeitura de Saquarema, na Região dos Lagos. A ação, conduzida com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e de oficiais de Justiça do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), foi autorizada pelo Terceiro Grupo de Câmaras Criminais do TJRJ, a pedido da Procuradoria-Geral de Justiça.

Ao todo, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a 20 pessoas físicas e 10 empresas, em Saquarema, Rio de Janeiro, Niterói, Maricá, São João de Meriti e São Gonçalo. Os alvos da operação são suspeitos de envolvimento em crimes como organização criminosa e peculato, supostamente cometidos durante a gestão da ex-prefeita Manoela Peres, que também figura entre os investigados.

Atualmente, Manoela ocupa o cargo de secretária Municipal de Governança e Sustentabilidade, nomeada na segunda-feira (12) pela atual prefeita, Lucimar Vidal. Também é alvo da operação o secretário Municipal de Relações Institucionais, Antônio Peres Alves, ex-marido de Manoela.

Durante o cumprimento dos mandados, os agentes apreenderam 37 mil euros (cerca de R$ 233 mil) e R$ 27.350 em dinheiro vivo na residência de Manoela Peres, localizada no bairro nobre de Itaúna, em Saquarema.

De acordo com o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, os contratos sob investigação ultrapassam R$ 326 milhões, e parte deles já foi identificada com indícios de sobrepreço pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). “Onde houver sinais de fraudes e enriquecimento ilícito com recursos públicos, o Ministério Público vai atuar com rigor. É isso que a sociedade espera de nós — e é isso que estamos fazendo”, afirmou o procurador.

As diligências fazem parte de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado no âmbito da Procuradoria-Geral de Justiça, que tem atribuição para apurar casos envolvendo agentes políticos com foro por prerrogativa de função. Por decisão judicial, os nomes de outros investigados e mais detalhes da operação permanecem sob sigilo.

A nomeação de Manoela Peres como secretária ocorre poucos meses após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que suspendeu o afastamento dela do cargo de prefeita, determinado pela Justiça do Rio em agosto de 2023.

A investigação segue em curso, e o MPRJ não descarta novas fases da operação.

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