É hora de endurecer o Código Penal? RJ tem alta de 45% em violência contra mulher e quase dobra número de estupros, revela estudo

É hora de endurecer o Código Penal? RJ tem alta de 45% em violência contra mulher e quase dobra número de estupros, revela estudo

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O Rio de Janeiro apresentou um aumento de 45% nos casos de violência contra a mulher no ano de 2022 em relação a 2021. Os dados são do boletim Elas Vivem, divulgado nesta segunda-feira pela Rede de Observatórios da Segurança, que monitorou os índices de sete estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí.

Com 545 casos de violência contra mulher em 2022, o Rio quase dobrou o número de 2021, quando foram registrados 375 eventos na mesma pesquisa. Alguns dos crimes ganharam repercussão nacional, como o estupro de uma gestante durante o parto cometido pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra; e a denúncia de agressão por parte do então chefe de investigações da Delagacia da Mulher de Jacarepaguá Marcos André de Oliveira dos Santos contra uma ex-companheira.

Infelizmente, esses dados revelam uma triste realidade da violência contra a mulher no país. Esses casos não são isolados e ocorrem diariamente em todo o Brasil. A violência contra a mulher é um problema social grave que precisa ser enfrentado com políticas públicas efetivas e com um esforço coletivo de toda a sociedade.

Números gerais

Segundo o boletim Elas Vivem, a cada quatro horas, ao menos uma mulher foi vítima de violência em 2022 nos estados monitorados. Foram 2423 casos registrados em 2022; 495 deles, feminicídios. Um caso de feminicídio foi monitorado a cada 24h. Esses números são alarmantes e exigem uma ação imediata.

A pesquisa também aponta que a maior parte dos registros nos sete estados tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas. São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio. As principais motivações são brigas e términos de relacionamento. Esses dados reforçam a importância de medidas de prevenção e proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.

Ações para combater a violência contra a mulher

O combate à violência contra a mulher exige uma ação conjunta de todos os setores da sociedade. É preciso que as políticas públicas de proteção às mulheres sejam fortalecidas e que a sociedade se mobilize para combater esse grave problema social. Algumas medidas importantes incluem:

  • Criação de mais delegacias da mulher e capacitação dos profissionais de segurança pública para atuar em casos de violência contra a mulher;
  • Fortalecimento da rede de proteção às mulheres em situação de violência, com a oferta de serviços de acolhimento e proteção;
  • Educação para a igualdade de gênero nas escolas e na sociedade em geral;
  • Ampliação do acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo atendimento especializado em casos de violência sexual;
  • Criação de políticas de empoderamento econômico das mulheres, para que possam se tornar mais independentes e menos vulneráveis a situações de violência.

Essas medidas são fundamentais para que a violência contra a mulher possa ser enfrentada de forma efetiva.

Matéria autoral do Portal Forte Notícias.

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