É O MILAGRE? Após repercussão negativa do antigo boletim do INEA, novo boletim em um “Passe de Mágica” afirma que 100% das Praias de São Pedro da Aldeia estão próprias para banho

É O MILAGRE? Após repercussão negativa do antigo boletim do INEA, novo boletim em um “Passe de Mágica” afirma que 100% das Praias de São Pedro da Aldeia estão próprias para banho

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O que parecia ser um grave problema ambiental sumiu como um bloco de Carnaval se dispersando na quarta-feira de cinzas. Até outro dia em Janeiro deste ano, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) alertava para um cenário desastroso na Lagoa de Araruama: praias impróprias, esgoto in natura e até um selo Bandeira Azul manchado pela poluição. Mas, em questão de 22 dias, tudo mudou! Agora, São Pedro da Aldeia aparece com 100% das praias próprias para banho, e em Iguaba Grande, só duas foram consideradas inadequadas. Será que o meio ambiente se regenerou sozinho? Ou alguém resolveu dar um jeitinho na narrativa com a proximidade do Carnaval?

Em 22 de janeiro, o próprio INEA apontou que 89% das praias aldeenses estavam poluídas. A Praia da Pitória, a Praia do Sol, o Sudoeste, a Ponta d’Aldeia… tudo impróprio para banho. Mas, para surpresa geral, menos de um mês depois, essas mesmas praias agora são um paraíso de águas cristalinas, como se nunca tivessem enfrentado o despejo de esgoto e a degradação ambiental.

A Lagoa de Araruama, que há pouco tempo estava sufocada por dejetos, ganhou um respiro milagroso, bem na semana em que os turistas começam a lotar a Região dos Lagos. Que timing perfeito, não? E o mais curioso: nenhuma grande obra de saneamento foi feita nesse meio-tempo. Nenhuma dragagem emergencial, nenhum investimento expressivo em infraestrutura… mas, ainda assim, a água agora estaria limpinha.

A questão que fica é: o INEA errou antes ou está “acertando” agora? Ou será que o problema nunca foi a poluição, mas sim a repercussão negativa? Afinal, um boletim ambiental pessimista às vésperas do Carnaval seria um desastre para o turismo local, não é mesmo? Nada que um “ajuste técnico” não resolva.

Enquanto isso, a população segue com a mesma dúvida de sempre: quem fiscaliza os fiscalizadores? Porque, se depender dos relatórios, o meio ambiente da Região dos Lagos se comporta como um personagem de novela: adoece gravemente num capítulo e ressurge saudável no outro, sem explicação plausível.

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