O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu nesta quarta-feira (24) um processo disciplinar para investigar a conduta do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). O parlamentar é acusado de expulsar, aos chutes, um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) de dentro da Casa. O Partido Novo, autor da representação, pede a cassação do mandato de Glauber por condutas que, na avaliação da sigla, violam as normas de decoro parlamentar. O processo foi iniciado após o deputado se envolver em confrontos físicos com membros do MBL e o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do movimento.
O próximo passo é a escolha do relator do processo, que foi sorteado entre os deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Rosângela Reis (PL-MG) e Sidney Leite (PSD-AM). Glauber pediu a exclusão de nomes filiados ao PL, mas teve o pedido negado pelo presidente do conselho, Leur Lomanto Júnior (União-BA). O relator terá um prazo de dez dias úteis para apresentar um parecer preliminar, que poderá ser pelo prosseguimento ou arquivamento do caso. Se o processo seguir, após várias etapas, que incluem a defesa do parlamentar, o relator poderá opinar pela absolvição ou punição, que vai desde censura até a perda do mandato parlamentar.