O fiscal de transporte da secretaria de Saúde de Cabo Frio, Gabriel de Souza Ramos, denunciou em depoimento na delegacia de Cabo Frio, um esquema de desvio de dinheiro do Fundo Municipal de Saúde comandado pelo secretário Bruno Alpacino.
De acordo com a denúncia, servidores de Cabo Frio estariam recebendo dinheiro do Fundo Municipal na conta pessoal para cobrir despesas emergenciais e compra de insumos, mas seriam obrigados a transferir os valores para Flávio Adenais Campos da Silva, marido da assessora da prefeita Magdala Furtado.
Segundo informações, Gabriel recebeu R$ 8 mil e apontou que o servidor Thiago Oliveira também recebeu o mesmo valor na conta pessoal e, como ele, foi obrigado a transferir.
O servidor disse ainda ter sido coagido e ameaçado de exoneração pelo secretário para desviar os recursos e apresentou prints de conversas com Bruno Allpacino, Rogério de Oliveira Braço, Cleber Guedes e Flávio Orelha que integram o esquema.
Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio negou as denúncias, na tarde desta segunda-feira (1), e afirmou que os acusadores vão responder na Vara Cível e Criminal:
“A prefeitura de Cabo Frio informa que apurou as notícias veiculadas e afirma que os fatos não procedem. O recurso de adiantamento é utilizado para compra de peças e serviços de emergência, e, diante disso, ao ser depositado na conta do funcionário nomeado, foi solicitado para pagamento das peças já encomendadas para ambulância, que, somente após o pagamento, são emitidas as notas. Este procedimento é comum e o funcionário e/ou setor presta contas regularmente ao Fundo Municipal de Saúde no prazo de 60 dias. Os servidores injustamente acusados estão tomando as medidas judiciais cabíveis, com o intuito de responsabilização cível e penal dos acusadores, tendo em vista a existência de farta documentação comprobatória da inexistência de qualquer prática ilícita por parte dos servidores”.